Os sonhos entram em cena no palco reflexivo e investigativo do GEP São José do Rio Preto!
Como um convite ao pensar em torno deste tema, escrevi um pequeno texto intitulado “Em algum lugar da mente”.
Sonhos, estes fenômenos intrigantes, produções de nosso inconsciente, que tece uma linha invisível conectando o oculto aos feixes de luz em busca de entendimentos, sentidos e interpretações.
Entre outras formas de comunicação oníricas, os sonhos podem apresentar representações de desejos e observações inconscientes. Seus significados são codificados, revestidos de metáforas e imagens. Neles, sentimentos reprimidos são disfarçados e deslocados.
Observamos que nos sonhos infinitas possibilidades se apresentam sem qualquer compromisso com o que se considere “normal”. Os sonhos não atendem critérios ou regras, sejam eles de realidade, morais ou éticos. Estão libertos de censura. Isto os torna fascinantes, preciosos para o possível acesso “in natura” ao inconsciente.
Num sonho, raramente, o que se apresenta é o que é, pois o que se apresenta, representa algo a ser desvendado. Por exemplo: uma casa pode representar uma pessoa. Seus cômodos, suas características, aspectos da mente, ou da subjetividade, do sonhador, suas emoções, sentimentos etc.
Sonhos são reais, realidade psíquica, tessitura de imagens, trocadilhos, reminiscências, por vezes há muito esquecidos. Enigmas em busca de um decifrador.
No processo psicanalítico observamos que o “trabalho do sonho”, também é fundamental para a preservação da saúde mental e que o mesmo se revela também na vigília, nas reveries, memórias-sonhos e associações livres. Estes fenômenos são imprescindíveis para a técnica psicanalítica, a mente do analista e a evolução do processo analítico, pois propiciam o aprofundamento em níveis mais primitivos da mente, indispensável ao acesso e tratamento do sofrimento psíquico.
Enfim, amanhã continuaremos a conversa sobre esse tema fascinante em nossa primeira jornada virtual: “Múltiplos sentidos dos sonhos”.
Bons sonhos a todos!